Krol's
domingo, 19 de fevereiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Eu cheguei no ballet para um ensaio geral que teria e logo vi todos se arrumando e ficando prontos para o ensaio. Eu queria te ver, então procurei por você. Mas parecia que quanto mais eu procurava, mais você se distanciava e eu não conseguia te encontrar.
Quando eu perguntava às pessoas sobre você, elas me ignoravam.
O ensaio ia começar, você não estava lá e eu ainda precisava me trocar, colocar sapatilha e arrumar o cabelo.
Todos ficaram me esperando me arrumar enquanto eu esperava te encontrar."
sonho do dia 24, dezembro de 2011
sexta-feira, 24 de junho de 2011
Páginas de sangue
O fogo ardia sob minha pele. Eu era a lenha de uma fogueira invisível. Eu ardia, estalava, gemia, queimava. Ele avisou que seria insuportável, mas que se eu conseguisse sobreviver, eu não precisaria morrer. Mas eu estava certa de que estava morrendo neste exato momento. A vida me era tirada através desse fogo que tanto ainda me queima.
Eu queria desesperadamente que ele cessasse, que me deixasse em paz.
E, no fim, morri. Mas continuei a arder, continuei a caminhar neste mundo.
Para o meu azar.
domingo, 1 de maio de 2011
We rose up slowly
Ele me olhou fixamente e eu sabia que eu deveria desviar o olhar, mas me senti hipnotizada. Seus olhos me puxavam para mais perto dele.
Sem ter controle sobre o meu corpo, andei até estar à sua frente.
- Luce... –ele começou. Seus olhos revelavam a alegria de me ver, mas, ao mesmo tempo, mostravam pena e arrependimento: ele não queria que eu viesse. – Você não devia ter vindo. Eu te falei que...
- Eu não sigo mais seus conselhos, Christian. – interrompi-o. – Você mentiu para mim todo esse tempo. Aprendi a não confiar mais em você.
Ele riu sem humor. Uma gargalhada que ecoou pela rua deserta. A escuridão da noite era iluminada apenas pela fraca luz dos postes e da lua crescente. Além de nós, mais ninguém estava presente na cena.
- Você já se esqueceu? – ele perguntou com um vestígio de risada. – Você sempre desconfiou de mim, Luce... E estava certa em não acreditar em mim. Porque agora, sou todo mentira, mas ainda assim sou seu.
Sua expressão se tornara séria. Ele esticou a mão e acariciou meu rosto, me tomou em seus braços e inclinou minha cabeça levemente para trás. No momento em que seus lábios roçaram os meus, eu estava livre. Livre da gravidade que prendia meus pés ao mundo. Livre de toda desconfiança que um dia ele me trouxe.
Um vento frio penetrou minha pele e, de repente, eu estava só... naquela rua deserta.